Faça parte de nossa comunidade!

Coloquemos a poesia como alimento essencial para a evolução da alma dos nossos conterrâneos!!!

sábado, 19 de maio de 2012

Meditação sobre o Tietê - Mário de Andrade

Meditação sobre o Tietê

É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco admirável
Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura num banzeiro de água pesada e oliosa.
É noite e tudo é noite. Uma ronda de sombras,
Soturnas sombras, enchem de noite tão vasta
O peito do rio que é como si a noite fosse água,
Água noturna, noite líquida, afogando de apreensões
As altas torres do meu coração exausto. De repente
O ólio das águas recolhe em cheio luzes trêmulas,
É um susto [...]
É noite. E tudo é noite. E o meu coração devastado
É um rumor de germes insalubres pela noite insone e humana. [...]

Mário de Andrade

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O ESPAÇO - FERREIRA GULLAR

O ESPAÇO

não há espaços iguais


o espaço
                entre o núcleo
do átomo
e os eléctrons
               nada tem a ver
com o espaço
              entre o sol
              e os planetas
nem com o espaço
              entre
              minha mesa de jantar
              e as paredes em volta


não há espaço vazio
              cada espaço
              é feito
              dos corpos que estão
              nele
              que o deformam e o formam

é feito
de suas energias
e cargas elétricas
            ou afetos

Ferreira Gullar

terça-feira, 15 de maio de 2012

Poesia - Carlos Drummond de Andrade

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 10 de maio de 2012

No meio do caminho - Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho.
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A onda - Manuel Bandeira

Segundo fontes da internet, o poema é do livro Estrela da Tarde, mas não posso afirmar que a informação procede. Enfim... segue o poema sublime, dotado de recursos sonoros entremeados em aliteração e assonância. Recomendo!

A onda

a onda anda
 aonde anda
      a onda?
a onda ainda
   ainda onda
   ainda anda
         a onde?
aonde?
a onda a onda.

Manuel Bandeira

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Motivo - Cecília Meireles

Poema do livro "Viagem", de 1939.

Motivo 

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
mais nada.

Cecília Meireles

domingo, 6 de maio de 2012

A rosa de Hiroshima - Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas

Mas, oh, não se esqueçam,
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
sem rosa sem nada.

sábado, 5 de maio de 2012

Chico Buarque - Construção

 Depois de um período turbulento, mas muito significativo e cheio de transformações - graças a Deus, todas positivas - hoje reinicio as postagens neste blog. Criado exatamente para difundir a poesia para os admiradores desta arte, o poema escolhido para abrir essa retomada é  Construção, música de Chico Buarque de Hollanda.

 Esta composição é um prato cheio para os amantes de poesia, a começar pelo título, que se refere tanto ao cenário da construção civil, quanto a própria construção do poema. A história do personagem se modifica, conforme Chico alterna na segunda e terceira estrofe apenas as duas últimas palavras dos versos que utilizou na primeira estrofe. Ou seja, ele cria uma história ao modificar algumas palavras de lugar, atribuindo aos versos então um novo sentido, logo, construindo uma nova história, ou, um outro ponto de vista. "Pródigo" é a única palavra que ele utiliza na segunda estrofe, que não utilizou na primeira.

 Um outro detalhe interessante para reparar é que a última palavra dos versos - da primeira, segunda e terceira estrofe - é sempre proparoxítona. Leia com atenção o poema, e tire suas próprias conclusões.

Chico Buarque - Construção


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

sábado, 24 de março de 2012

Chico Anysio - Mundo Moderno

Mais um dos poucos mestres que sobraram neste mundo moderno e cruel nos deixou ontem. Chico Anysio, siga com Deus e com a alma bem tranquila.

Mais do que cumprir sua missão,
Chico Anysio fez sua própria revolução.
Através do humor, feito de modo inteligente,
foi capaz de tirar o sofrimento de muita gente - mesmo que por alguns minutos.

Seus personagens ficarão em nossa memória,
sua trajetória eternamente na História.
Sua capacidade de criação vinha de muita iluminação.
Homem trabalhador, focou  em apagar um pouco de nossa dor.
Este poema é minha em homenagem através do luto.

 Mais do que humorista e excelente artista, Chico também fez sua arte com poesia. Jamais esquecerei deste poema ímpar feito por ele -- com carinho, maestria e sabedoria. Segue abaixo:




MUNDO MODERNO



Mundo moderno. Marco malévolo.
Mesclando mentiras, modificando maneiras, 
mascarando maracutaias: majestoso manicômio! 
Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, 
massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna.
Monta matungo malhado munindo machado,
martelo, mochila murcha, margeia mata maior.
Manhãzinha move moinho, moendo macaxeira... mandioca!
Meio-dia mata marreco. Manjar melhorzinho.
Meia-noite, mima mulherzinha mimosa.
Maria morena, momento maravilha,
motivação mútua, mas monocórdia mesmice.
Muitos migram macilentos, maltrapilhos.
Morarão modestamente. Malocas metropolitanas. Mocambos miseráveis.
Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo - metade morre.
Mundo maligno! Misturando mendigos maltratados, menores metralhados,
militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas,
mariposas mortificando-se moralmente,
modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas.
Mundo medíocre! Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos…
Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando.
Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco! Máquina mortífera!
Mundo moderno: melhore! 
Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo!
Merecemos! 
Maldito mundo moderno! Mundinho merda!

quarta-feira, 14 de março de 2012

CACASO - LOGIAS E ANALOGIAS

No Dia Nacional da Poesia, a homenagem é também para o '' poeta marginal '' Cacaso que, se ainda estivesse vivo, completaria 68 anos ontem. Mas faleceu cedo, de infarte, com 48 anos. Filósofo por formação, tem seis livros publicados. Segue um de seus poemas:

LOGIAS E ANALOGIAS

No Brasil a medicina vai bem
mas o doente ainda vai mal.
Qual o segredo profundo
desta ciência original?
É banal: certamente
não é o paciente
que acumula o capital.

Cacaso

A IDÉIA NÃO DEPENDE DA IDADE

 Pra dar início a comemoração do Dia Nacional da Poesia, nada melhor do que um poema:



A IDEIA NÃO DEPENDE DA IDADE

A idéia não depende da idade.
A idade não depende da idéia.
A idéia vem desde a Antiguidade,
muito atrás da Idade Média.

Questionamentos foram necessários.
Necessário é se questionar.
Se ouvimos que aquilo é o contrário,
por que devemos acreditar?

Pesquisando foi que o homem aprendeu
algo disso que hoje conhecemos.
E mesmo com tudo isso que nos deu,
não sabemos onde vivemos

A consciência depende da inteligência.
A inteligência não depende da consciência.
A inocência da falta de inteligência
não justifica a falta de consciência.

Cuidando você estará preservando.
Quem preserva, o bem faz!
Assim, você estará se beneficiando,
logo, beneficiará também os demais.

A informação está a sua volta.
Contida nela há muita besteira.
Será que ainda não nota,
ou já acostumou dessa maneira?

Seres iguais, humanos diferentes.
Diferentes seres não são humanos.
Ser sem saber é o animal. A gente,
como ser, se difere do ser humano.

O mundo é agora.
Agora precisa mudar.
Mudar precisa o mundo
senão a hora vai chegar.

A idéia não depende da idade.
A idade não depende da idéia.
Seja capaz de ter capacidade
e ainda mais para nunca perdê-la.

Alexandre Papai

Terça feira, 17 de abril de 2007

quinta-feira, 8 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Poesia de minha autoria, escrita em 08/03/2010:

A mulher


Por muitos séculos a mulher foi discriminada,
impedida de expressar suas emoções, pensamentos.
Não era reconhecida pelos seus valores. Era subestimada
num mundo de machistas e seus argumentos.

 Aos poucos foi lutando por mais liberdade,
defendendo suas opiniões, mostrando-as em ações.
Com muita perseverança atingiu mais igualdade,
e, mesmo sofrendo punições,  quebrou suas restrições.

A mulher amadurece mais cedo.
A mulher diz o que pensa quando não tem medo.
A mulher se entristece com mais freqüência,
pois se envolve mais, por ser mais intensa.

Mesmo que não nos trouxesse a este mundo,
o homem não evoluiria muito sem a mulher.
Ela, dotada de opções e concepções únicas,
traz mais brilho, mais beleza pra esse mundo cruel.

A mulher enxerga o que poucos homens conseguem notar.
A mulher se preocupa mais com o que os outros vão pensar.
A mulher gosta de explorar. Não gosta muito de simplificar.
A mulher esperta sabe como ser conquistada, e, como quer conquistar.

A mulher é iluminada quando dá a luz.
Neste momento, recebe o mais alto nível do amor.
Jamais deixará seu filho para depois.
Estará sempre ao seu lado, seja como for.

A mulher é tudo isso e muito mais,
mas cada mulher estabelece o seu valor.
Cada uma sabe daquilo que é capaz.
A mulher aprende mais sofrendo sua dor.

Nós homens, vivemos em função da mulher.
Trabalhamos e buscamos tudo para proporcionar o que ela quiser.
Se muitos não puderem ser capazes de valorizá-la,
Aqui vai um conselho pra você, mulher: Valorize-se!

FIM

Não poderia deixar de homenagear as duas mulheres mais importantes da minha vida: minha mãe Daisy, e minha namorada Cristiane (Zinha). Deixo aqui registrado a minha gratidão por Deus ter colocado vocês em minha vida, fazendo com que eu siga minha missão de uma maneira mais consciente, logo, estando cada vez mais fortalecido.

É isso! De resto, deixo um trecho da música Apenas Mais Uma de Amor, do Lulu Santos: '' o que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber. ''

sábado, 3 de março de 2012

Manuel Bandeira - Preparação para a morte

Poema do livro Libertinagem, de Manuel Bandeira:

Preparação para a morte

'' A vida é um milagre.
Cada flor,
com sua forma, sua cor, seu aroma,
cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
o espaço é um milagre.
O tempo, infinito,
o tempo é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
— Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres. ''

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CURTA SARAUS

Curta metragem produzido pelo Arte na Periferia que exibe um panorama do que acontece nos principais saraus da periferia. Entre eles: Sarau do Binho, Cooperifa, Sarau Elo da Corrente, Sarau da Brasa e Sarau da Ademar.

Participação dos escritores Ferréz e Marcelino Freire, da atriz Naruna Costa, Preto Will do grupo Versão Popular, e de muita gente boa.

IMPERDÍVEL! CURTA um pouco dos SARAUS!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nossa prece

 Entre sábado e domingo, minha musa e eu escrevemos uma oraçãozinha, pois acreditamos que - mesmo repelindo ao máximo às energias negativas - ainda tem muita gente emitindo bastante energia ruim para nós. 

 Sem ''Pai nosso'', nem ''Ave Maria'', Nossa Prece agora é a nossa nova oração do dia a dia.

Nossa prece

Ó, Todo Poderoso Deus Pai,
que tudo vê aí de cima.
Viemos através de rimas
pedir um pouco mais de paz.

Proteja-nos da imensa negatividade,
existente nessas tantas almas pobres -
perdidas, ignorantes, cheias de vaidades.
Iludidas, portam-se como nobres.

Ilumine os caminhos dos teimosos
que insistem em lutar pelo bem.
Retire as mágoas dos rancorosos,
ou pelo menos os tire de nosso trem.

Nossos destinos exigem persistência.
Dê força para que possamos trabalhar.
Sabemos que o esforço será proporcional a recompensa.
Dê saúde para que possamos batalhar.

- Sai daqui, maldoso!
Queremos só o que plantamos.
- Vai pra lá, invejoso!
Desejamos colher
o que tanto esperamos.

Felicidade! Trabalho! Sucesso!
Seguiremos com amor no coração.
Muito obrigado por atender nossa prece!
Sabemos que temos Tua atenção e proteção.
Com gratidão, sempre buscaremos a evolução.
Principalmente a partir desta oração.

Amém!

Escrita por Alexandre Papai e Cristiane Terrão



sábado, 11 de fevereiro de 2012

'O Silêncio'

 Como prometido, divulgo aqui a poesia  que criei em 2009, e que já recitei no sarau da Casa das Rosas, no Cooperifa e no Elo da Corrente. Para complementar, digo que o silêncio é o maior sinal de respeito que podemos ter enquanto o outro se manifesta. Além desta característica, segue outras a respeito do tema:

O SILÊNCIO

Uma omissão. Uma reflexão.
Um momento de relaxamento.
Uma reação. Uma opção.
Um tempo para os pensamentos.

Um sinal de distância.
Ou para se aproximar.
Um voto de confiança.
A expectativa de conquistar.

Um sinal de esperança.
Um momento íntimo.
Realçam sentimentos que descansam.
Organizam o próprio ritmo.

Parece tão distante
mas todos o utilizam.
Em algum instante,
todos o utilizam.

Pode confundir, pode aliviar,
pode repercutir, pode salvar.

O silêncio é sábio. Nele, há tanto que se pode compreender.
Certas sensações que ele trás, vão além do que se pode dizer.
As palavras de um dicionário podem ser deixadas pra trás
quando não conseguirem transmitir o que só o silêncio é capaz..

FIM

 E hoje tem sarau na Casa das Rosas, ministrado pelo meu querido amigo Marco Pezão e sua parceira Regina Tieko. ENTRADA GRATUITA.

 O evento Sarau A Plenos Pulmões rola das 19 as 21hrs na Avenida Paulista, nº 37. Quem gosta de poesia não deve perder esse encontro de energia positiva! '' DÊ VOZ A UM POEMA! ... Nos vemos lá!

Foto retirada do email enviado por Marco Pezão

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A volta (das postagens e dos saraus)

 Quase duas semanas sem postar. Realmente não dá pra continuar assim! Mesmo tendo tanto para fazer, não posso deixar de dar uma passadinha aqui. Comecei a fisioterapia na quinta, 2, lá perto de onde trabalho.  No Kung Fu, tenho treinado bastante para passar para a faixa amarela (2º). Meu livro reportagem tem sido o foco do momento, além - é claro - da minha musa, que amo e admiro cada dia mais.

 Bom, voltando ao site, quero dizer que este é o meu novo projeto, e a intenção deste é divulgar muitos poemas, muitos poetas de qualidade, e tudo que estiver relacionado à poesia. Vamo que vamo que a poesia não para nunca!

 Na semana passada, sexta feira, 3, fomos (minha musa e eu) no auditório do Parque do Ibirapuera conferir o Sarau do Cooperifa, e de quebra ainda vimos o show do Versão Popular (dos queridos Cocão e Preto Will) e Z´África Brasil. ‘’Sem palavras’’, como diz a própria música de desfecho do Versão Popular.

 O sarau foi muito fortalecedor. A energia positiva realmente se fez presente, e tomou conta do lugar. O auditório estava lotado! Não ficarei aqui especificando um ou outro poeta, pois a vitória foi de todos, mas não posso deixar de ressaltar que Dona Edite abalou o coração de todos ali presentes, que ao final aplaudiram em pé a sua performance. Márcio Batista também cativou o público ao pedir que participassem com ele do recital. Foi lindo! PARABÉNS, Cooperifa! Vocês realmente ‘’tomaram de assalto’’ o ‘pico’.

 Assim que estava de saída perguntei para a moça da porta quantas pessoas tinham entrado, ela olhou em seu marcador, e me disse: ‘’631’’. Lá dentro parecia que tinha umas 1.500. Confira um pouco mais do que rolou por lá:

Sarau do Cooperifa lota auditório do Ibirapuera

''Sem palavras'' - Versão Popular

 Nesta última terça-feira teve o retorno do sarau Suburbano Convicto, sarau do Alessandro Buzo que fica ali no começo da 13 de maio, no Bixiga. Este foi o primeiro do ano. E que sauna! Infelizmente ocorreu algumas situações chatas, e algumas pessoas não estavam respeitando os poetas que declamavam, pois não mantinham o silêncio, mas, tudo bem, NÉ? FAZER O QUÊ?

 O importante é que a palavra mais uma vez foi o foco do sarau, e muitos poetas ‘arrebentaram’ nas rimas, e nas idéias. Quarenta e dois poetas (42 mesmo!) se apresentaram. Parabéns, Buzo! ‘Tá’ de parabéns, cara!

 Você confere algumas fotos e mais sobre o que rolou neste dia no próprio site do Buzo:

 E pra fechar a postagem do dia, digo que agora pouco nós estivemos pela primeira vez no Sarau Elo da Corrente, lá em Pirituba. Só três letras pra resumir: UAU! O que foi aquela recepção? Antes do início, Michel da Silva (um dos fundadores e organizadores do sarau) cumprimenta a todos, sutilmente mostrando que todos são bem vindos. Assim, começa uma festa com muito batuque, som, e cantos para iniciar o sarau, chamar a poesia para aquele recinto, e – automaticamente – afastar o que for negativo.

 Quem é do coletivo e segue firme com o Elo obviamente começa recitando os poemas, para que depois os demais possam declamar. Foi uma festa! Regado com muita paz, alegria e idéias fortalecedoras, saímos de lá bem renovados. Infelizmente tivemos que deixá-los cedo, pois pelo tempo que demoramos para chegar (1h 40m), tinhamos que calcular para não perder o trem de volta. Um pouco antes de nos despedirmos até recitei uma poesia: ‘’O Silêncio’’. Amanhã posto aqui. Sigam o blog do Elo: http://elo-da-corrente.blogspot.com/2012/02/sarau-elo-da-corrente-volta-na-proxima.html

 Valeu, Michel! Agradeço à recepção e não tenha dúvida que em breve estaremos aí com vocês novamente, apreciando toda essa poesia de qualidade que vocês oferecem. Como você mesmo diz: ‘’Axé!’’ =D

Essa foi a maratona das últimas semanas! Em breve tem mais!

A POESIA ESTÁ NO CORAÇÃO, E A EVOLUÇÃO É O OBJETIVO DA AÇÃO!! SEMPRE!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Sarau Sede Rock Bar

 Pois é... Os dias têm passado muito rápido por mim. As vezes nem percebo que o mês já acabou, ou que o semestre já passou. Tanta coisa para fazer. Numa cidade como São Paulo, o tempo realmente fica mais curto. Não é só aparência! Quatro dias sem postar? Nem notei.

 Quinta feira minha musa e eu fomos no Sarau Sede Rock Bar, que fica bem pertinho da Estação Parada Inglesa do metrô (linha azul) e é ministrado pelo poeta Cicío Bonneges. Poucas pessoas presentes - divididas entre os que ficam do lado de fora, e os que ficam mais concentrados, do lado de dentro mesmo.

 Cicío também é cantor, e esbanja alegria tocando seu violão - ele tocou 'João e Maria', de Chico Buarque, algumas do Raulzito, e outras que desconheço. Em seguida, ele passou a viola para um senhor, para que ele tocasse também algumas músicas (Foto 2 e Foto 3).  Este pareceu ser bem companheiro dele, e assíduo no sarau. Ele tocou Led Zeppelin, e algumas de sua autoria. Assim que este encerrou, teve início a rodada de poesias.

 O primeiro poeta da noite foi o Marcelo Nocelli, mineiro que declamou três poesias de sua autoria. A primeira falava sobre o momento em que chegou em Sampa, o porre que tomou, a briga na galeira do Rock, as ofensas do policial , etc. O tema da segunda poesia era o carnaval, exprimido no seu desejo de passar longe desta festividade.  A terceira e mais bem produzida falava sobre o 'achismo', num cenário onde todos acham tudo dele, enquanto ele não acha nada de ninguém. Muito interessante!

 Depois dele, teve uma apresentação bem envolvente de um trio. Um cantava, outro tocava violão e o outro cantava e tocava gaita. Beeem legal! Assim que acabaram, foi minha vez. Hora de recitar 'Sampanorama' (poesia que está na postagem anterior a esta). Em seguida, um jovem chamado Ivo declamou duas poesias, que sinceramente não consigo recordar dos temas agora.

 Foi isso! Pelo que entendi o sarau é bem recente, tendo iniciado suas atividades bem no finalzinho do ano passado. O sarau acontece toda quinta-feira, das 20 as 23horas, e eu RECOMENDO! São poucas pessoas presentes, mas que se relacionam com a poesia com muito carinho, e fazem do ambiente um autêntico sarau, onde a energia positiva é muito forte e presente. Saímos bem energizados! Valeu Cicío!

 Sexta fiquei bem ruim da tosse, dor de cabeça e dor na garganta que não saía há uma semana de mim. Sábado foi foco no trabalho, e já estou finalizando a minha pesquisa no site do Sarau Elo da Corrente, do Michel Yakini e da Raquel Almeida. Mesmo ainda não tendo conhecido estas duas pessoas dignas de muito respeito, já sinto que os conheço há anos! hehehe.

 E o trabalho não para! Hoje tem mais. Encerro a pesquisa do Elo, e reorganizo as entrevistas que farei no próximo final de semana com a população da cidade. Pretendo ir ao Parque do Ibirapuera, Av. Paulista, e algumas 'bocas' de metrô. É isso.

 Segue algumas fotos do evento:


Cicío a esquerda

  Foto 2

Foto 3

Marcelo Nocelli

Trio




Declamando 'Sampanorama'



Fiquei bem feliz ao ver esta imagem! É o que espera um poeta ao declamar: Concentração e silêncio.



Minha musa (Cristiane Terrão) e eu


Ivo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O aniversário de Sampa

 Em dedicação à minha cidade, deixo o poema que fiz na tarde de hoje. Amanhã escrevo um pouco mais sobre o que penso sobre esta cidade e como é, pra mim, viver na terra da garoa.

Sampanorama


A cidade de São Paulo é também terra de São Bento, São Joaquim, Santa Cecília,
Santo Amaro, São Judas, Santa Ifigênia, Santa Catarina e Santa Cruz.

Como tem nessa cidade Vila Formosa :
Vila Clara, Vila Prudente, Vila Olímpia,
Vila Nova Conceição, Vila Sônia, Vila Leopoldina,
Vila Mariana, Vila Matilde, Vila Andrade, Vila Maria,
Vila Madalena, Vila Guilherme, Vila Gilda. Vila das Belezas!

Também tem Chácara Klabin, Chácara Inglesa e Chácara Santo Antônio
– que também tem Parque. Tem Parque Dom Pedro e Parque São Jorge.

Inúmeros Jardins!
Jardim São Paulo, Jardim Paulistano, Jardim São Miguel, Jardim São Luis,
Jardim Europa, Jardim Paulista, Jardim Ângela, Jardim Miriam, Jardim Guarujá...

Todo aniversário merece ter Bixiga!

Seja do Jaçanã, Sacomã ou Butantã.
, Tietê, Sumaré ou Jaguaré.
Morumbi, Piqueri, Cambuci ou Tucuruvi.
Cursino, Vergueiro ou Freguesia do Ó.
Grajaú, Pacaembu ou Anhangabaú.
Da Aclimação, Armênia, Brás, Brasilândia,
Brooklin, Congonhas, Guarapiranga, Heliópolis,
Higienópolis, Itaquera, Ipiranga, Indianópolis,
Jabaquara, Moema, Mooca, Paraisópolis,
Pari, Penha, Perdizes, Pirituba, Santana.

Hoje nessa Cidade Ademar, Ana Rosa, Arthur Alvim,
Conceição, Júlio Prestes e Tiradentes, o que fariam?

Pessoas de tudo quanto é canto – inclusive Belém.
Megalópole de muitas oportunidades – mas de enorme desigualdade também.
Carrão? Pra poucos! Salário mínimo ainda é piada para tantos gastos obrigatórios.
Mesmo antes de Marechal Deodoro, o abuso sempre foi incoerente no que tange os impostos.

Aqui tem Limão, mas a terra é da laranja, da cana e do café.
Devido ao trânsito, as vezes é melhor Tatuapé!
Da Consolação ao Paraíso em alguns minutos.
Poucos protestam! Tantos reclamam.  Muitos se fazem de cegos e surdos.

Planalto: Paulista; Rio: Pequeno; Parada: Inglesa;
Bosque: da Saúde; Casa: Verde, Granja: Julieta,
Pinheiros e Cachoeirinha formam um Bom Retiro.
Na Água Branca ou na Água Rasa, a Barra Funda.

Socorro! Queremos Bela Vista, Campo Belo e Campo Limpo
Decerto, Saúde tem que ser a prioridade do governo.
Não queremos mais adiar nossas metas Lapa frente.
Mais Liberdade de expressão e mais ação visando à nação, nessa nossa República!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

IMAGINE

Hoje foi a minha volta às aulas de inglês. Finalmente! Agora mais uma tarefa, e mais um objetivo traçado: ficar fluente na língua. Voltei com o mesmo professor, só que agora na companhia agradabilíssima do meu amor ( Cristiane Terrão).Próximo passo: Aulas de guitarra! Rumo às conquistas!

Hoje também tive uma novidade no trabalho: recebi meu aviso prévio. Poucas horas depois do aviso ainda pensei que era uma notícia ruim, massssss, é uma ótima notícia! Já estava mais do que na hora de buscar com ''unhas e dentes'' um espacinho na minha área - jornalismo.Tenho apenas mais um mês de trabalho, ou melhor, três semanas. E eu sei bem que Deus é responsável por isso, e que guarda algo bem especial pra mim nestes próximos meses. Estou plantando muito, para também colher bastante.

Enfim... com base na minha volta às aulas de inglês, vou postar aqui a letra e a tradução de uma das músicas mais lindas que já ouvi (e li) na língua norteamericana, e que é conhecida mundialmente: IMAGINE - de John Lenon


Imagine

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one


TRADUÇÃO:

Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só
Segue o link para quem quiser ouvir a música http://letras.terra.com.br/john-lennon/90/traducao.html
A EVOLUÇÃO É O OBJETIVO DA AÇÃO!

domingo, 22 de janeiro de 2012

O sonhador

(escrita em setembro de 2010)

Vivendo em algum canto desse mundo que não para,
Buscando satisfazer suas necessidades e desejos,
Procurando os meios para concretizar seus planos,
Criando, o sonhador está sempre se renovando.

Ele não desiste nos primeiros obstáculos.
Pelo contrário, persiste, visa entender a realidade dos fatos.
Portas se abrem, portas se fecham.
Tentando, o sonhador aos poucos conquista o seu sucesso.

Esperança e criatividade são as suas principais especialidades.
Enquanto seu coração bater, ninguém poderá lhe dizer
o que deve ou não pensar. Ninguém pode fazer
com que o sonhador, algum dia, deixe de sonhar.

Os sonhos motivam as pessoas.
Trazem mais cor às suas vidas.
No meio de realidades entristecedoras,
são eles que permitem que nossos olhos
enxerguem uma beleza intrínseca.

Não confunda o sonhador com o ganancioso.
A riqueza, para ambos, não possui o mesmo significado.
Não confunda o sonhador com o preguiçoso.
A diferença se faz presente na luta para que o objetivo seja alcançado.

É importante que o sonhador saiba que sua vida não é um sonho,
e que o esforço do seu trabalho está relacionado à sua recompensa.
Mas, não se pode querer interferir no que se passa na cabeça do sonhador.
Por que não deixá-lo viajar no íntimo do seu próprio interior?
O sonhador vive sua vida com mais amor. Logo, menos dor.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O tempo

Dois dias sem postar. Correria danada! Tanto para fazer. Tanto para prestar atenção. Mas estou aprendendo que não tem jeito, né? Como diz o Charlie Brown Jr na música 'Lugar ao sol' : '' A vida cobra sério e realmente não dá pra fugir. ''

Trabalho, casa para arrumar, namorada para cuidar, Kung Fu, TCC etc. - Tudo isso somado às necessidades do cotidiano. E não para por aí. Quinta feira começo (volto) a ter minhas aulas particulares de inglês, e em breve aulas de guitarra. Tá na hora de usar a minha, que está há uns 3 anos parada aqui.

Para você que acha que todo esse discurso é pessimista e que eu pareço mais um velho ''reclamão'', você está enganado. Não estou reclamando. Pelo contrário... só relatando um pouco do meu cotidiano e que O TEMPO tem ficado bem mais precioso pra mim. E mais curto! hehehe. Fico bem feliz, pois é bem assim que gosto de me sentir: PRODUTIVO!

Pensando em tudo isso lembrei de uma poesia que fiz em junho de 2009, que se chama...??? como??? hehehe... O TEMPO! Fiquei bem feliz quando acabei de ler há poucos minutos, pois ela me trouxe a sensação que gosto muito quando leio depois de finalizar a minha obra, sensação esta que desejo  passar ao leitor quando escrevo, componho: a de que a poesia demonstra não se prender à uma época, ou seja, sua leitura vale para qualquer fase.

Eis a poesia:

O TEMPO


Vejo o que aconteceu com o meu.
Foi tudo tão importante!
Numa velocidade constante,
tanto, por aí também se perdeu.

Mas tanto que permaneceu.
Os orgulhos do presente!
As idéias que levo, sigo com elas em frente.
Faz parte do conjunto que mais fortaleceu.

E hoje quero fazer dele o melhor pra mim.
O próprio tempo que me permite isso!
Priorizar os muitos motivos para sorrir,
mas ainda mais os que vão além disso.

No tempo que sempre fez sua parte,
de proporcionar-me sua companhia.
Que me permite ser criador de minha arte,
modificada a cada dia.

Se deixar... ele leva.
Como um barco que deixa
o mar encarregado de sua direção.

Pode ser que te aproxime do melhor
mas pode, também, te trazer o pior.
Melhor definir sua opção. Não?

Tem perguntas que ele pode responder.
Soluções que ele é capaz de trazer.
Mas nem sempre vai ser o que você quer.

O que você realmente quer ter,
encontre os caminhos para conseguir obter.
Faça por você o que acredita merecer!

FIM

Valorize seus minutos, pois nosso tempo é curto e muito precioso. Já sentiu aquele vazio de que o tempo passou e você deveria ter feito algo diferente? Não? Que bom! Já? Pois é... não o queira novamente!

RUMO ÀS CONQUISTAS!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cracolândia

Muito trabalho nos últimos dias, pois estou me dedicando bastante para que o meu livro reportagem E a poesia, afinal? fique excelente! 

Sem muito tempo para escrever aqui - e como o tema tem sido muito discutido nos últimos dias - deixo uma poesia do meu querido Pezão,  produtor cultural e poeta por obra do destino. Trabalha na Casa das Rosas há dois anos, e foi um dos fundadores (junto com Sérgio Vaz) do Cooperifa, grupo que comemorou dez anos de existência promovendo saraus, projetos sociais e muito mais na periferia paulistana, sempre com um toque de poesia, muita qualidade e preocupação com a evolução dos seres. Certamente estes dois ainda serão muitos citados aqui no poesiaceita. Aguardem.

Cracolândia, de Marco Antônio Iaducicco (vulgo Pezão)

Nas ruas do centro
São turbas de nus
Cachimbos em brasa
Farrapos da Luz

Lá no bairro
Da Santa Ifigênia

À Cida Fumaça
Pessoas chapadas
Chupadas baratas
Rasgadas bandeiras

Lá no bairro
Da Santa Ifigênia

Putas encenam
Caudilho de cruz
Porra só conta
No corpo de pus

Lá no bairro
Da Santa Ifigênia

Pirata safado
Chips, ó play
Aurora Vitória
Timbiras Triunfo

Lá no bairro
Da Santa Ifigênia

Ruínas em pedras
Jaz o passado
Almas e vícios
No Campos Elísios

Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia

O lixo do lixo
Não ponha na boca
Cachimbos em brasa
Farrapos de luz
Nas ruas do centro
São turbas de nus

Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia

Abre, abre, abre a cerveja

FIM

E aí... o que acharam?  

domingo, 15 de janeiro de 2012

DIA MUNDIAL DO COMPOSITOR

Compositor ou poeta, hoje é o dia de quem compõe. Então, deixo aqui uma poesia de minha autoria que escrevi em 2005, mas que agora dedico a minha namorada, meu amor.

O QUE SINTO QUANDO ESTOU COM VOCÊ

É como ligar o ventilador num dia de calor.
Deitar no sofá depois de tanto trabalhar.
Assistir aquele meu programa favorito de humor.
Pegar a prancha num final de tarde e cair pro mar.

É como tomar um sorvete gelado naquele dia quente.
Ouvir, quando menos se espera, minha música favorita.
Ficar com a pessoa desejada frente a frente.
Levantar a cabeça depois daquela batalha perdida.

É como ver o sol se pôr seja de onde for.
Beber um litro de água depois de longa caminhada.
Ler aquele recado em ‘’anonimato’’ que alguém deixou.
Ver o luar e as estrelas da rede na sacada.

É como acordar ao lado da pessoa que ama.
Acreditar, nem que seja por um segundo, que tudo é eterno.
Fechar os olhos e não tira-la da memória.
Estar bem consigo mesmo ao deitar a cabeça no travesseiro.

É como chorar depois de dar tanta risada.
Esquecer aquela pessoa que já te fez tanto sofrer.
Desabafar e soltar as palavras da garganta entalada.
Descobrir que existe alguém que realmente se preocupa com você.

É como saber que é capaz de conseguir tudo o que quer.
Se apaixonar pela primeira vez.
Assumir e reconhecer o erro e não mais cometê-lo.
Perceber que não é só mais um no meio de seis bilhões.

É como se reunir com os melhores amigos.
Passar daquela meta que achava que não era capaz.
Olhar para trás e saber que alcancei muitos objetivos.
Notar a felicidade nos olhos de uma criança a brincar.

É assim que você me faz sentir.
E é assim que você me faz feliz.

Alexandre Papai

Isto e muito mais é o que sinto quando estou com você, Minha linda! TE AMO MUITO! Aguarde... Em breve você terá um poema especialmente escrito pra VOCÊ! =D As idéias já rondam a minha cabeça. Só falta por no papel! LINDA! BEIJO DO ZINHO! Seu, e somente TEU Zinho!

sábado, 14 de janeiro de 2012

UMA REVISÃO

Hoje deixo aqui uma poesia que escrevi há aproximadamente quatro anos - porque é sempre bom fazer  UMA REVISÃO.

Pra qualquer lugar que eu olhe,
Pra qualquer que seja o seu formato,
Até aonde eu posso encarar o fato
De que eu posso estar enganado?

Até aonde? Alguém pode me dizer?
Quem foi que disse que existe
Uma realidade que pode ser
Chamada de verdade?

Precisamos relativizar mais,
Ver que há muito mais por trás
Do que aquilo que se pode ver.

Uma revisão é sempre bem vinda,
Sempre melhor compreendida
Quando se busca realmente entender.

O que você quer pra si mesmo?
Qual caminho você quer seguir?
Quais são seus reais desejos?
O que você deseja constantemente atrair?

Por que deixar de fazer, abrir mão?
Por que mudar de trilha, de opinião?
O que faz você acreditar que aquilo
Que pode ser mudado é a melhor opção?

Alexandre Papai

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BENDITO REMÉDIO


Bendito é o remédio que afasta o tédio,
que acalma a alma, e traz pra vida mais alegria.
Sintonia que concretiza valores eternos.

Não é letal. Não tem efeito colateral.
Os sintomas naqueles que o consomem
não foge nada daquilo que é puramente natural.

Não pode ser comercializado, mas está espalhado pelas cidades.
Seu uso não precisa ser controlado, pois não é contraindicado.
Doses periódicas provocam a sensação de constante realização.
O contágio não depende da distância, e sim da aproximação.

As evidências dos contaminados estão nos olhos e na boca.
As conseqüências do remédio se espalham com apenas alguns gestos.
A dependência varia dos corpos e do conteúdo daquilo que é transmitido.
Sua origem vem do centro de cada ser, de seus respectivos organismos.

É recomendável um número bem alto de doses diárias
É garantido que os resultados serão sempre eficazes.
Prolongado seu tempo de uso, alivia dores constantes,
faz bem pro coração, e só valoriza o que veio antes.

Não precisa de bula, nem ao menos de uma receita.
Sua composição se dá através da autovalorização
Sua reação traz bem estar para o corpo, alma e mente.
O Bendito remédio é um conjunto de boas sensações.
Está disposto a consumir? Bom...então, vamos lá!
Feche seus olhos, e encontre o que de melhor você é capaz de sentir!

Alexandre Papai

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vídeos do dia

Como hoje o dia vai ser corrido pra mim, deixarei alguns vídeos sobre esta data aqui no Blog. Espero que gostem!

12 de janeiro . Há 99 anos, nascia o maior cronista brasileiro depois de Machado de Assis: Rubem Braga. Segue alguns vídeos sobre o autor:


Entrelinhas (20/11/2011):


Rubem Braga: 


Já em 1944, nascia Carlos Villagrán - ator mexicano muito conhecido e adorado aqui no Brasil. Não o conhece? Conhece sim! Mas como Quico, o menino 'burrinho', mimado e histérico do seriado Chaves.

Cena clássica do ator:


Em 1963 nascia Nando Reis, músico que possui centenas de composições, principalmente reproduzidas por outros artistas. Marisa Monte, Skank, Jota Quest, Cidade Negra, entre outros são conhecidos por tocar suas letras, mas quem mais fez sucesso com suas composições foi Cássia Eller. Relicário é uma delas.



Já em 2010, um fato bem triste. Um terremoto catastrófico de 7,3 graus na escala Richter destruiu a capital do Haiti, Porto Príncipe. Os vídeos foram feitos pelo Profissão Repórter, reportagem feita três meses depois do ocorrido.  ‘’A força de um povo que perdeu tudo. ’’ 


Parte 1/2:


Parte 2/2:


A EVOLUÇÃO É O OBJETIVO DA AÇÃO!


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um poeta inovador


 Bem difícil saber o nome completo dele – pelo menos na internet – Oswald de Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890, e foi um dos poetas mais influentes da geração dos modernistas de 22. Certamente era um dos mais rebeldes e inovadores do grupo, e provavelmente o que mais já se assemelhava com a intenção da Semana de Arte Moderna: renovar a arte brasileira.

 Oswald foi precursor do concretismo e tropicalismo aqui no Brasil. Ousado, escrevia versos muito além do romantismo. Para ele, era necessário expor as particularidades desta terra, e se afastar de tudo que tivesse ligação com a antiga metrópole.

 Além de poesias, ele escreveu romances, manifestos, ensaios, teses, memórias, crônicas, e ainda se envolveu com o teatro. Pelo pouco que pesquisei deste autor, o Manifesto da Poesia Pau- Brasil e o Manifesto Antropófago não podem deixar de ser lidos para quem quer conhecer este brilhante artista.

 Certamente muito interessantes, nestas obras Oswald defende com ‘unhas e dentes’ as características nacionais. Ele as redigiu com a intenção de defender um novo conceito: de que o poeta brasileiro já não deveria se prender a estilos pré-estabelecidos, e sim, criar sua própria marca. Em tal momento, o autor chega a falar sobre a maior revolução de todas no Brasil, e a deduzir fatos bem inusitados, como a crença de que o índio brasileiro seria um povo canibal.

 Minha pesquisa foi feita apenas no dia de hoje, então, se houver erros, por favor perdoe-me. Não gosto de dizer que um autor foi ‘assim e assado’. Seres inteligentes estão sempre se renovando. E durante novas fases, não é nada complicado mudar de visão, de opinião. Deixo uma frase de Oswald perfeita para o que quero dizer: ‘’ Encaixo tudo, somo, incorporo. ’’

 Antes de iniciar minha pesquisa, eu acreditava que Mário de Andrade era seu irmão, ou pelo menos era da família. Que nada! Mário foi seu amigo. (Como diria o Chavinho: ‘’Ai que burro’’ – kkkkkk) Outra curiosidade interessante é que Oswald de Andrade foi casado – entre 1926 e 1929 – com Tarsila do Amaral, pintora de destaque que também participou da Semana da Arte Moderna de 1922.  Nesta época, Tarsila pintou o que viria ser um dos seus quadros mais famosos, e também uma das telas brasileiras mais valorizadas atualmente.

1928 – Abaporu (antropofagia, em tupi-guarani), que significa o homem que come carne humana.

 No que tange o jornalismo, Oswald de Andrade teria fundado um jornal chamado ‘’Papel e Tinta’’, em 1921. Dez anos depois teria fundado o jornal ‘‘Homem do Povo’’ – pasquim de cunho humorístico – assim que se filiou ao Partido Comunista. 

 Não tenho a informação do que teria ocasionado seu falecimento, mas sei que morreu em 22 de outubro de 1954.

 Deixo aqui um poema curto, simples e bem bonito de sua autoria – que tudo tem a ver com seu título:

RELÓGIO

As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e Vêm
Não em vão

FIM

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Um poeta promissor

'Ruas cheias, ruas vazias', poesia de Victor Leite Rodrigues de Oliveira:


Levantei com vontade de me esquecer, espairecer, distrair;
Aí resolvi sair, dar uma volta, curtir o movimento da cidade…
Meu Deus! Como estava cheio! Parecia que fazia anos que não saía.
O espaço parecia menor, os prédios demais estreitaram as ruas.
E como tinha gente na rua! E andavam e andavam… E como andavam rápido!
Parecia que eu nem sabia mais andar, não conseguia acompanhar.
Bestificado, eu só sabia observar.
A multidão me engolia, eu tentava me situar.
Não sabia mais onde estava, me perdi no fluxo tentando me achar.
Me distraí, esbarrei.
“Ô senhor, desculpa aí.”
Não houve reação, só continuou a andar.
Me assustei, comecei a recuar enquanto olhava.
No pé pisei.
“Perdão minha senhora.”
Nem olhou, continuou.
Parece que nem pisei, parece que nem respirava.
Olhei, parei.
Esbarraram em mim, caí.
“Sem problemas, não foi nada.”
Estava rápido demais pra me ouvir.

Levantei, me arrumei e então percebi.
Comecei a olhar o movimento, me paralisei.
Pessoas andavam a passos rápidos, nunca acompanhadas.
Andavam sem parecer nem olhar,
Se esbarravam em alguém, desviavam e continuavam, mas pareciam nem esbarrar.
Tentei avistar pra onde iam, mas parecia que iam a nenhum lugar.
Só faziam andar, o mais rápido que podiam.
O mais rápido que podiam, só isso sabiam.
Então olhei suas roupas, saber se vestiam.
Eram práticas, não precisava passar, não precisava escolher, bastava comprar.
Até que não eram de mal gosto, mas também gosto não tinham.
Reparei, comparei o rosto de cada um.
Era sempre a mesma expressão que nada dizia,
Era como se não houvesse rosto algum!
Corri, nesse momento o mais rápido que podia,
Mais rápido que todos, mas pra fugir.
Nesse momento me olharam;
Era como se indignassem – como corria mais rápido que eles?
Me olharam, mas era como se não me vissem.
Não falavam, não ouviam, mal sentiam.
E, quando eu sumi, continuaram…
Eu só corria, gritava e corria.
Onde eu estava? Num filme futurista, num pesadelo, num conto de terror?
Não! Não! Era a realidade mesmo, o mundo que escolheram!

Decepcionado, apavorado e desorientado,
Me afastei do movimento da cidade, cheguei na periferia.
A periferia era um parque, uma calçada encostada,
Mal tinha espaço pra nada, era quase no centro da própria cidade.
A cidade era tão desenvolvida que mal havia periferia.
Lá, porém, tinha gente de verdade, parecia, mas era quase vazia.
Esses me olhavam e me viam, e choravam e protestavam:
“Não ouviram o mundo!”, o músico dizia.
“Não sentiram a vida!”, clamava o poeta.
“Ignoraram os meus alertas!”, lamentava o profeta.
“Faltou-lhes Deus…”, corrigia o excomungado pastor.
“Souberam demais!”, justificava o cientista.
“Esqueceram-se do amor!”, dizia o sábio senhor.
“Tiveram tudo o que eu não tive.”, falava o mendigo.

Eu ouvia o que me diziam, e fiquei ali, acolhido.
E todo mundo conversava, e todo mundo chorava.

Agora eu percebia o que realmente acontecia,
E dali, daquele pequeno pedaço de mundo que restava, eu observava.
Havia ainda esperança?
Eu procurava, perante a cidade silenciosa,
Enquanto um temor se aproximava ao imaginar o que poderia ver…
Então eu via e gritava, e agora também chorava, diante da cidade esplendorosa,
E via como a gente corria, até que um homem caía,
Caía e como porcelana quebrava, como jarra vazia.
Seu corpo caía e sua vida que não tinha se esvaía.
Ele quebrava e ninguém ao redor olhava, só prosseguia.
Então uma senhora idosa passava, nele tropeçava e também caía.
Caía e se quebrava, perdia a vida que não teve, também estava vazia.
Então a criança passava, corria mas não brincava, só corria e nos cacos pisava
Até que também caía e se quebrava, perdia a vida que não teria: estava vazia!
Eu, de onde sentava, observava como ninguém respondia.
Observava e me desesperava, via muito mais do que temia.
E eu chorava e gritava, e lamentava, e chorava e me compadecia
Daquelas ruas tão cheias,
Daquela cidade vazia.

FIM


Linda, né? Que talento tem esse rapaz! Confira mais sobre este autor, suas frases e sua poesias de muita qualidade. Seu blog principal é o http://nossocultoracional.wordpress.com/ e no twitter sua conta é @_rodriguesvic . SIGAM-NO OS BONS! =D

Victor é um dos personagens do meu livro reportagem 'E a poesia, afinal?'. Em breve contarei a história do dia em que o conheci e sobre a nossa relação de amizade desde então. Agora não dá. Tô 'no meio' da criação de uma poesia. hehehe.

FUI!

09 de janeiro

 O fato histórico mais importante no dia 09 de janeiro ocorreu em 1822. Nesta data, mais de oito mil assinaturas fizeram D. Pedro I decidir por desacatar as ordens da Coroa Portuguesa e permanecer aqui, para a alegria da elite aristocrática brasileira.

 Registrado na história como o Dia do Fico, o príncipe regente teria declarado: ''Se é para o bem de todos, e felicidade da nação, diga ao povo que fico''. Além desta ocorrência, em 1920 nascia em Recife um dos maiores poetas brasileiros - João Cabral de Melo Neto.

 Tido por muitos como um dos maiores poetas modernistas, completaria hoje 92 anos. João Cabral iniciou seus trabalhos pelo mundo como diplomata em 1945, para depois, em 1969, se tornar membro da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em 1999.

 Primo de Manuel Bandeira, seu primeiro livro publicado foi ‘Pedra do Sono’, em 1942, uma reunião de suas poesias. No entanto, sua obra mais conhecida talvez seja seu livro ‘Morte e vida Severina’, de 1956, onde o autor conta a história de um rapaz que migra do sertão nordestino para o litoral pernambucano em busca de novos horizontes.

 Sinceramente não conheço muito do conteúdo deste autor, mas pelo que pesquisei, dizem que o autor não costumava usar muito de sua própria emoção, pelo contrário, fugia de sentimentalismo. Quem souber mais sobre o autor, peço que deixe seus comentários. Num futuro próximo com certeza terei mais o que falar sobre este autor. Pelo pouco que li sobre ele já estou bem interessado em prosseguir este ‘estudo’.


 Buscando informações sobre João Cabral no livro do cursinho do Objetivo Literatura II, li um fragmento bem interessante. Segue ele:

 Nunca pensou em ser poeta e costumava ficar muito irritado quando assim o chamavam:

‘’A coisa que me dá mais raiva é alguém me chamar de poeta. Chegam ao cúmulo de me escrever cartas endereçadas ‘’ao poeta João Cabral de Melo Neto’’. Tenho vontade de devolver tudo com um bilhete: ‘’não é aqui’’. Ninguém escreve ‘’ao engraxate Fulano de Tal ou ao romancista Jorge Amado!’’ O funcionário da embaixada vem me entregar a carta e eu sinto aquele ar de ironia. Por que poeta? Poeta não tem isenção nenhuma. Nem imunidade. ‘’ (João Cabral de Melo Neto)

 Fica aqui um poema deste homem que, para muitos, foi o maior poeta da geração dos anos 45.

Tecendo a Manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
Se erguendo tenda, onde entrem todos,
Se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
Que, tecido, se eleva por si: luz balão.

FIM

OBS: Mesmo tendo sido finalizado no dia 09 de janeiro, infelizmente não pode ser publicado nesta data devido a problemas nos sinais da interrnet na minha região. Valeu, Net! ...

sábado, 7 de janeiro de 2012

DIA DO LEITOR

 Hoje foi um dia bem produtivo. Refleti, escrevi e li muito material com conteúdo interessante. Pra quem me segue no twitter, pode conferir muitas frases e recomendações úteis e, principalmente, ligadas à poesia. Hoje só se fortaleceu o lema deste meu projeto:  A evolução é o objetivo da ação.

 As 20:40 cheguei na Casa das Rosas muito bem acompanhado com a minha namorada, onde encontrei os amigos poetas Caranguejunior e Jaime Matos. No primeiro sarau do ano, a casa estava cheia, com muitos poetas, artistas e interessados na arte do sarau ,ou, em poesia. Dá no mesmo!

 Como de costume, foi muito bem ministrado por Regina Tieko e meu querido amigo Marco Pezão, o poeta da bola. ''Coincidentemente'', Ele, assim como eu, levava uma mensagem poética na camisa. A dele era do poeta pernambucano Miró, que disse: ''Merece um tiro quem inventou a bala''. A minha é uma citação do poeta Milton Aguiar, que com muita graça escreveu: '' O problema do poeta não é a falta de verbo. É a falta da verba.''

 Pra minha enorme satisfação, Pezão me chamou (mais uma vez) para recitar um poema. O escolhido de hoje foi:


A FALTA DE AMOR

Acordar sendo capaz de reclamar.
Não compreender o que acontece.
Criticar quem não consegue analisar.
Acreditar que só é feliz quem enriquece ($).

Crer que nada faz sentido.
Que sempre circunda a certeza.
Não ter a visão do lado invertido.
Não admirar a essência da natureza.

Não ter gratidão por aquilo que se tem.
Não ouvir quem quer falar.
Não agir como acha que convém.
Ter medo de errar.

O amor ao próximo.
O amor a si próprio.
O amor também comete faltas
quando o que falta é mais amor.

O amor que inspira os filósofos a escrever.
O amor retratado na pintura de cada um.
Seja qual for a obra que se pode exercer,
a tinta é refletida pela luz que o amor elucida

Não existe dom que não tenha amor.
Não existe perdão se ainda há rancor.
A união de sentimentos positivos é o que cria o amor
E o manterá aceso, vivo, enquanto a ele você tiver louvor.

FIM

 Como sempre, fiquei muito feliz e emocionado por ter a oportunidade de ler uma obra minha para tantas pessoas (devia ter um pouco mais de cinquenta), inclusive, fiquei ainda mais grato quando um senhor me puxou cuidadosamente, e me disse: ''Continue assim, rapaz. Você escreve muito bem. É muito bom no que faz. Siga este caminho! ''

 Foi isso! Este foi o ''meu dia do leitor''. E o seu? Foi produtivo? Leu alguma coisa? Espero que sim.

BOA NOITE!

RUMO ÀS CONQUISTAS!