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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um poeta inovador


 Bem difícil saber o nome completo dele – pelo menos na internet – Oswald de Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890, e foi um dos poetas mais influentes da geração dos modernistas de 22. Certamente era um dos mais rebeldes e inovadores do grupo, e provavelmente o que mais já se assemelhava com a intenção da Semana de Arte Moderna: renovar a arte brasileira.

 Oswald foi precursor do concretismo e tropicalismo aqui no Brasil. Ousado, escrevia versos muito além do romantismo. Para ele, era necessário expor as particularidades desta terra, e se afastar de tudo que tivesse ligação com a antiga metrópole.

 Além de poesias, ele escreveu romances, manifestos, ensaios, teses, memórias, crônicas, e ainda se envolveu com o teatro. Pelo pouco que pesquisei deste autor, o Manifesto da Poesia Pau- Brasil e o Manifesto Antropófago não podem deixar de ser lidos para quem quer conhecer este brilhante artista.

 Certamente muito interessantes, nestas obras Oswald defende com ‘unhas e dentes’ as características nacionais. Ele as redigiu com a intenção de defender um novo conceito: de que o poeta brasileiro já não deveria se prender a estilos pré-estabelecidos, e sim, criar sua própria marca. Em tal momento, o autor chega a falar sobre a maior revolução de todas no Brasil, e a deduzir fatos bem inusitados, como a crença de que o índio brasileiro seria um povo canibal.

 Minha pesquisa foi feita apenas no dia de hoje, então, se houver erros, por favor perdoe-me. Não gosto de dizer que um autor foi ‘assim e assado’. Seres inteligentes estão sempre se renovando. E durante novas fases, não é nada complicado mudar de visão, de opinião. Deixo uma frase de Oswald perfeita para o que quero dizer: ‘’ Encaixo tudo, somo, incorporo. ’’

 Antes de iniciar minha pesquisa, eu acreditava que Mário de Andrade era seu irmão, ou pelo menos era da família. Que nada! Mário foi seu amigo. (Como diria o Chavinho: ‘’Ai que burro’’ – kkkkkk) Outra curiosidade interessante é que Oswald de Andrade foi casado – entre 1926 e 1929 – com Tarsila do Amaral, pintora de destaque que também participou da Semana da Arte Moderna de 1922.  Nesta época, Tarsila pintou o que viria ser um dos seus quadros mais famosos, e também uma das telas brasileiras mais valorizadas atualmente.

1928 – Abaporu (antropofagia, em tupi-guarani), que significa o homem que come carne humana.

 No que tange o jornalismo, Oswald de Andrade teria fundado um jornal chamado ‘’Papel e Tinta’’, em 1921. Dez anos depois teria fundado o jornal ‘‘Homem do Povo’’ – pasquim de cunho humorístico – assim que se filiou ao Partido Comunista. 

 Não tenho a informação do que teria ocasionado seu falecimento, mas sei que morreu em 22 de outubro de 1954.

 Deixo aqui um poema curto, simples e bem bonito de sua autoria – que tudo tem a ver com seu título:

RELÓGIO

As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas vão e vêm
Não em vão
As horas
Vão e Vêm
Não em vão

FIM

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