Muito trabalho nos últimos dias, pois estou me dedicando bastante para que o meu livro reportagem E a poesia, afinal? fique excelente!
Sem muito tempo para escrever aqui - e como o tema tem sido muito discutido nos últimos dias - deixo uma poesia do meu querido Pezão, produtor cultural e poeta por obra do destino. Trabalha na Casa das Rosas há dois anos, e foi um dos fundadores (junto com Sérgio Vaz) do Cooperifa, grupo que comemorou dez anos de existência promovendo saraus, projetos sociais e muito mais na periferia paulistana, sempre com um toque de poesia, muita qualidade e preocupação com a evolução dos seres. Certamente estes dois ainda serão muitos citados aqui no poesiaceita. Aguardem.
Cracolândia, de Marco Antônio Iaducicco (vulgo Pezão)
Nas ruas do centro
São turbas de nus
Cachimbos em brasa
Farrapos da Luz
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
À Cida Fumaça
Pessoas chapadas
Chupadas baratas
Rasgadas bandeiras
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Putas encenam
Caudilho de cruz
Porra só conta
No corpo de pus
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Pirata safado
Chips, ó play
Aurora Vitória
Timbiras Triunfo
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Ruínas em pedras
Jaz o passado
Almas e vícios
No Campos Elísios
Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia
O lixo do lixo
Não ponha na boca
Cachimbos em brasa
Farrapos de luz
Nas ruas do centro
São turbas de nus
Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia
Abre, abre, abre a cerveja
São turbas de nus
Cachimbos em brasa
Farrapos da Luz
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
À Cida Fumaça
Pessoas chapadas
Chupadas baratas
Rasgadas bandeiras
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Putas encenam
Caudilho de cruz
Porra só conta
No corpo de pus
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Pirata safado
Chips, ó play
Aurora Vitória
Timbiras Triunfo
Lá no bairro
Da Santa Ifigênia
Ruínas em pedras
Jaz o passado
Almas e vícios
No Campos Elísios
Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia
O lixo do lixo
Não ponha na boca
Cachimbos em brasa
Farrapos de luz
Nas ruas do centro
São turbas de nus
Lá na Helvetia
E Santa Ifigênia
Abre, abre, abre a cerveja
FIM
E aí... o que acharam?
E aí... o que acharam?
Salve Salve Pezão! grande poeta e amigo!
ResponderExcluirMuito boa esse poema!
Um abrax!